Aprendemos cada vez mais a lidar com máquinas e cada vez menos a lidar com gente. Sabemos tudo a respeito de máquinas e fazemos tudo para que funcionem sempre bem; pouco sabemos a respeito do homem, mas fazemos tudo para que ele também funcione bem. Funcionar bem é ser economicamente rentável.
Freud já dizia: "O homem sofre de ressentimentos".
Cada vez que você revive um acontecimento ruim, você está alimentando a mágoa.
Temos o hábito de estarmos voltados para o outro, isto é, cada um observa o comportamento do outro, mas não sabemos observar o nosso próprio.
William James utiliza a figura de uma folha de papel dobrada para explicar como se formam os hábitos: pegue uma folha de papel e dobre-a no meio; a folha se dobrará muito mais facilmente no meio, no lugar onde já foi dobrada uma vez, do que em qualquer outro lugar. Ele dizia que a folha de papel "adquiriu o hábito de se dobrar ao meio meio". Ele admite até que algumas dores doem simplesmente porque uma vez doeram. As pessoas adquirem o hábito de se sentir doentes.
Deste modo, desde que você queira, você pode adquirir qualquer hábito, saudável ou não.
Precisamos aprender a nos perceber além dos papéis. Precisamos aprender a ver e ouvir aquela pessoa que está dentro de nós e da qual nunca nos damos conta. Precisamos aprender a prestar atenção a nós mesmos. Estamos habituados a prestar atenção somente nos outros. O que eles fazem, o que eles dizem, como é que eles agem ou como é que reagem. Sabemos mais dos outros do que de nós mesmos.
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